25 junho 2007

Clarice me irrita.


Clarice e seus maravilhosos textos introspectivos, caleidoscópio de sentimentos e sensações, reais como as virgulas e os pontos desnecessários, descrever coisas não se trata apenas de mostrar coisas, em um mundo onde o miolo de um pão que molda bolinhas entre os dedos, são mais do que bolinhas : Vida, paixão, angústia e a angustia de uma solidão saborosa e macia que se tem entre os dedos.

E porque pensamos nisso?

– Onde está o "não" pensar?

Me rasgo vorazmente em solos férteis por pensar demais, me devoro em dúvidas e críticas e toda essa merda não me faz melhor: Não me faz sentir melhor.

Continuo o mesmo infeliz algemado e pensando, pois se pensar é liberdade, solte-me.

Alguém me liberte dessas angustias e problemáticas contemporâneas e também das antigas, aquelas quem vem desde que tudo era pó.

Me liberte, devolva-me meu cabresto, que pessoas como Clarice arrancaram de meu rosto...como vou ser feliz agora?

-Felicidade é para pessoas néscias.

6 comentários:

LéoFreitas disse...

clarice é algo que, com palavras, só ela seria capaz de descrever.
ela decifra o indecifrável, nos expõe como ferida doída, vê nossa alma como num vidro límpido.

clarice é o ovo.
e eu sou a galinha,
no texto mais desafiante do século.

abraço.

débora lopes disse...

Clarice é o céu. Não tem fim.

george jung disse...

um atalho mais longo que a estrada.

Unknown disse...

Clarisse me faz chorar no fim do livro.
É tristeza. O desespero cheio de esperança. O futuro embaralhado em palavras que fluem como uma música bem tocada.
É a transliteração da dor, da esperança e da redenção.

george jung disse...

acho que temos um consenso.

senhoras e senhores e pequena criança magrinha caio molko.

débora lopes disse...

Gente, Clarice com C.