18 junho 2007

SUB VER TER

Diversidade é uma palavra que eu gosto pra caralho, não só pelo contexto, mas como também pela sonoridade. E eu amo essa outra coisa de nada pertencer a nada e não termos rótulos e sermos livres e foda-se. É claro que possuir um rótulo é, muitas vezes, irresístivel. Até porque se não fossem os malditos rótulos, não teríamos amigos com gostos parecidos, não ouviríamos o estilo musical x e o nosso cigarro, se não fosse o rótulo (na caixa), não seria o nosso cigarro de sempre.

Insira muitos enfins aqui pois o assunto é vasto. O que soa magnífico porque eu, desde pequena, tenho certo fetiche por assuntos que não acabam; é como discutir política com papai, o único homem que me influencia de forma absurda, podemos passar dias e dias naquele mesmo assuntinho 171.

Flerto com o erro assim como o cinema independente flerta com o cinema holywoodiano e assim como Nietzsche* (que eu não leio) flerta com o machismo. Estamos sempre vinculados a algo, feliz ou infelizmente. E depois do nosso nome sempre tem um adjetivo. Às vezes maldoso, às vezes gratificante. Fato é que as línguas não se cansam, e as pessoas falam e esta conversinha de merda sobre rotular, rótulos e etc é muito cansativa e lugar-comum.

Fodam-se os rótulos medíocres da sociedade e das línguas e bocas maldosas e malditas - o diabo que as carreguem - sejamos livres pensadores sem preocupação alguma. Nossa geração tem sede de subversão e ousadia.

Ousemos.





* "Mulheres... vais ao encontro delas? Não te esqueças do chicote!" Nietzsche

11 comentários:

LéoFreitas disse...

"seja diferente e encontre os diferentes iguais a vc"

nunca mais esqueci essa frase.

Unknown disse...

a nossa juventude precisa é de um chicote pra andar na linha hahahahaha
ah meu, tô de saco cheio das pessoas.

débora lopes disse...

Chicote nos junkies da Augusta.

dreka disse...

foda-se os rótulos.

bem isso.

porra débora.

Anônimo disse...

mande um e-mail para a professora scarlett zerbetto marton, do departamento de filosofia da usp; ela estuda nietzsche a uns 40 anos e é feminista, e me parece que ela conseguiu esclarecer essa questão do machismo nietzscheano. atualmente ela trabalha numa pesquisa aprofundada do engano do lugar da mulher em nietzsche. bem, não se ofenda, não quero insinuar nada, mas nietzsche é um cara que tem muita coisa pra ensinar, não o descarte assim. beijo

débora lopes disse...

E como se esclarece uma questão dessas sendo que eu estou lendo uma frase machista e absurdamente ignorante? Okay, o estudo dela pode realmente fazer sentido e etc, mas, sendo bem sincera, eu não consigo sequer criar interesse por um cara que solta uma frase dessas.

Porque humor não é. Então o que será que é? Já que ele é tão respeitado e estudado e adorado... brincadeira não é. Então, péra lá. Existe um peso por trás das palavras de um filósofo. E/ou consequencia.

Anônimo disse...

tá bem, você gosta de discussão né?, eu também. então procure o livro em que essa frase se encontra, depois leia tudo até chegar nele, e por último, leia o aforismo que a contém: prometo que terá uma surpresa. as palavras dele pesam mesmo, mas só fazem sentido no contexto; usar a frase solta assim é quase um sensacionalismo, ela literalmente não quer dizer isso que é dito nesse PEDAÇO. mas o cara já nem se revira mais no túmulo; procê ver: já pegaram frases soltinhas dele pra legitimar o nazismo. mas pra mim chega de crítica, adoro você e suas coisinhas escritas, e por eu gostar de nietzsche - e por nós querermos que as pessoas que nós gostamos gostem das coisas que gostamos - não quis que ele acabasse assim pra você. mas tá bem, deu um efeito legal no texto.

Anônimo disse...

não vai responder né, vai parecer que tá comprando briga. então eu roubo uma frase solta sua, de forma legal: "Fato é que simpatizo com ele e me
dói essa coisa de gostar de graça das pessoas. Ele não deve gostar de mim
porque, de fato, não me conhece direito"

débora lopes disse...

Quero baixaria nesse boteco, minha geeeente.


Haha. Não respondi porque não tinha visto. Li seu comentário e pensei: ai, lá vem anônimo me encher. Mas parece que não, veio elogio. Que gostoso, então. Vamos fazer assim: tudo bem, você gosta dele - mas eu não e nem me interesso. Quem sabe um dia eu resolvo pesquisar tudo isso mais a fundo. Hãm? Fechou?


Beijo queijo.

Anônimo disse...

acho que talvez na verdade eu também não ligue pra nietzsche. e qualquer coisa a acrescentar eu subo lá, pra te poupar descer.

débora lopes disse...

Que gentil.