Capital

Okay, estou em Brasília. Na casa da mãe da Pétala, com a Anne. Vir para cá é demorado demaaais. Ficamos mais de 19 horas dentro de um ônibus, regado a muita caipiroska, "whisky 19 anos", cantoria, amontoado de gente boa e outras cositas más.

Vimos o céu mais lindo do mundo. Com nuvens de diversos tamanhos em perfeita harmonia, céu azulzinho, vegetação que ia de plantações de algodão a altas montanhas, tenho umas das melhores fotos que já tirei na vida.

Entre músicas no MP3, mensagens de celular, pulando de bancos deitados numa imensa cama coletiva e o cheiro de lugar novo, chegamos com muito custo em Brasília.

A cidade é foda! Totalmente diferente do que estamos acostumados com São Paulo, pois a cidade foi construída para carros, não para pedestres. Poucas calçadas, tem transporte público ruim (ainda bem que não precisarei) e lugares desertos. Suas curvas similares, com uma construção milimetricamente planejada te faz se sentir em um lugar fantasma.

Óbvio que nem todas as partes são assim, mas ver Brasília emociona. Ver a Praça dos 3 Poderes, Ministério, Palácio do Planalto, o Itamaraty, enfim. É tudo muito lindo, muito novo. As casas, geralmente, mantém as construções sobre pilares, onde embaixo desses pilares encontram-se as garagens à vista. Os restaurantes, shoppings, têm arquitetura perfeita. Tudo é muito modelar, muito dinâmico. Estar no coração do País me deixou feliz. Mesmo.

A cidade é meio melancólica, não se vê pessoas nas ruas, barulho, tudo é num padrão que encanta e espanta ao mesmo tempo. É tudo muito profissional, parece uma cidade-escritório. Morar, impossível. Admirar, sempre.

Pétala diz que ver a cidade do avião é muito bom, porque você observa as ruas, sempre curvas, umas sobre as outras e que formam desenhos ótimos. Tudo tem uma iluminação meia luz, com árvores, matos nas suas laterais e aquela sensação de cidade vazia. Parece que os calangos nem chegaram ainda e tudo acabou de ser construído.

Me senti na década de 60.