Estou tão enjoada agora que poderia vomitar tudo que senti e engoli hoje. Mas o que quero contar é que estava lá a cena suja. Confesso que não fixei meus olhos por muitos segundos. Não tive paciência, nem vontade, nem interesse - não me incomodou. E também, eu estava muito louca pra gastar meu tempo olhando pessoas ao redor. Fato é que dentre os loucos mendigos insanos cagados drogados roqueiros sujos podres sem rumo descalços, já encontrei a exceção que levou o irremediável ao céu de jeito encantandor. E fato é, também, que julgar o que escapa da boca entre palavras drogadas não convém. Fácil demais eu simplesmente dizer e dizer e dizer. Não passaria da mesma bosta automática que outras te disseram. E não gosto que esperem de mim mais do mesmo. Lugar-comum - ah, grande merda. E eu julgo mesmo - malditas são as minhas palavras. Surreal é acertar o tempo todo. E eu - humana - erro sem dó. E que venham os erros. Sorte a minha de não ter medo de encarar toda aquela porra de novo. Porque vai voltar. Aquela merda dos infernos. Enquanto uma me diz imbecilidades a outra se faz de não sei o que querendo provocar não sei o que na minha mente - pobre alma enlouquecida. Covarde seria temer as noites de angústia. Onde a luz é pouca e a loucura é muita - imensa, toma conta. Coragem é abrir os olhos e ver que não é você - é outra, é outro. O pensamento absurdo versus o que chamam de sandice. Mas eu prefiro a pobreza da impulsividade - erros pelos quais irei chorar covardemente um dia. Emblemática a ousadia que veio de você. Devia estar estampada na tua cara desde o início e eu que não li. Trouxa. Hoje eu falei baixo e com ódio: trouxa. Foi tão baixo que nem eu ouvi. Eu não me ouvi. Eu falei. Eu me falei, eu te falei e ninguém ouviu - silêncio. O mundo às vezes precisa calar a boca. São Paulo tem vida o tempo todo. Cidade infernal cheia de pecadores bêbados loucos errados às sete da manhã. Quando o dia amanhece e eu estou acordada, enlouqueço, cara - não consigo respirar sem angústia vendo aquele céu claro me atormentando. Você, o céu - que tormento horroroso. Sujeira fina - espécie de luxo apoteótico. Não ousarei tocar. E não venha me falar da porra da neurolinguística esquizofrênica insana conceitual da tua cabeça porque eu não suporto essas esperanças porcas. Não venha. Não procure. E se eu pudesse neste texto louco confessional imundo junkie mentiroso podre deixar-te uma mensagem, seria: não espere porra nenhuma de mim. Não ouse.
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