08 novembro 2007

timbres

canção de melodia improvável e impossível. respirar a três palmos do céu, perto das nuvens - correntes imaginárias de ar. não aguento mais. tem umas coisas que não aguento mais. noutro dia fui buscar um exemplo e falei dos mendigos. nem eles podem, nem eles conseguem. pois saber lidar é uma arte quando o contexto é produzir o resultado que se espera. porque se há final, não sei, não vejo, não quero. fora do alcance não, mas está longe. e já não sei até onde meus olhos conseguem enxergar.


porque o que quero enxergar é único.

é meu. eu ganhei. me deixem respirar como quero.


entre muitos plágios e cópias (não merecem valor algum), existe lá, invicta a originalidade. nem tudo foi feito. há muito. a se. há sim. e em mim, sangue. carne. eu. tudo que sou e sinto. prosear: uma beleza sem fim. e não acredito em qualquer boca. não caio em qualquer conversa. de bar. não caio. não quero qualquer céu.

rio de janeiro. talvez. estradas. talvez. tantas e tantas que já pegamos. e fomos. e somos. porque o amor cresce, não diminui. e tem de ser assim todos os dias. doses. tragos. de decência. de ser. de viver.

confiar. tiros no escuro. baby.


nem mil palavras ou frases. nem que eu quisesse montar um gráfico com números, resultados, estatísticas. aqui estamos todos os dias. e nos batem na cara. batem de frente. os julgamentos não param. nunca. festa. cerveja. padê.

paz. cabeça livre.

aviões gigantes decolando. segurança. crer no que não se vê.

profecias de gente que não ama. porque quem não ama, não é - nada sabe sobre a verdadeira liberdade. não abrevio nada, não suporto metades. quero tudo. em mãos.

tantas vezes me cansei dos meus próprios discursos. e chorei. me senti só. com raiva por saber que no mundo existe gente podre. que não vale um pão. um ovo. um pão com ovo. um real.

mas cansar me ensinou - já não procuro verdade em quem não pode se doar minimamente. porque às vezes é tão pouco. é tão pouco que eu quero. e se esse pouco não me é possível, me afasto.


eu quero paz na minha alma. nas nossas.

13 comentários:

Anônimo disse...

nossa. me fez ler sem parar.

Anônimo disse...

débora: um touro distinto; quando abriram sua cancela só deu tempo de vê-la numa carreira, na direção da platéia, fazendo todo mundo parar de rir e ficar parado, esperando pra ver, pagando pra isso. o cercado de proteção não funcionou, disseram à imprensa; não segurou a mulher de jeito nenhum. ela passou e nem reparou um homem com cara de tacho, sacudindo uma lona vermelha. toda chifres, voou nas pessoas, derrubando seus amendoins e refrigerantes no chão. mas débora, não pare pra comer a comida a comida que caiu.

débora lopes disse...

Não compreendi.

Anônimo disse...

se vc disser que eu desafino, amoorrrrrr...

Anônimo disse...

eu não queria me intrometer. faz o seguinte: esquece. olhando bem a resposta, essa foi uma imprudência que você você já sanou.

Anônimo disse...

eu não queria me intrometer. faz o seguinte: esquece. olhando bem a resposta, essa foi uma imprudência que você você já sanou.

Anônimo disse...

eu não queria me intrometer. faz o seguinte: esquece. olhando bem a resposta, essa foi uma imprudência que você já sanou.

débora lopes disse...

Metáfora nem sempre é o melhor jeito pra se chegar a alguém e dizer algo - e eu não sei porque razão os anônimos e/ou desconhecidos adoram me pregar pra cristo.

Anônimo disse...

aproveitando as metáforas.
quem tá na chuva se molha mesmo!
melhor é ficar na chuva...molhada!
aproveitando o anonimato. não assino, mas te incentivo a continuar! sabendo que vc continuará sempre;)
aproveitando o anonimato 2. esse cara tá se fazendo pra vc.
aproveitando o anonimato 3. hahahahahahahaha. as vezes o anonimato dá um prazerzinho.

Paula Macedo disse...

ai meu que doente.
isso tudo é medo de mostrar o nome?

eu sou a favor de tirar os anônimos. é rídiculo, déh.

Alberto Pereira Jr. disse...

exaltada e cansada da letargia mundana das coisas..

débora lopes disse...

"profecias de gente que não ama. porque quem não ama, não é - nada sabe sobre a verdadeira liberdade."


Vejam só, eu sou uma pessoa bacana, amiga, feliz, boto aqui meus escritos e não encho o saco de ninguém. E desejo o mesmo a vocês. Sejam felizes. Não sejam desagradáveis. Nem medíocres.

Infelizes as almas que se submetem..



Um beijo.

george jung disse...

tudo o que vai volta.
plantando paz, paz teremos
não é deus
ou
liturgia
é matemática.


lindo texto.