10 maio 2008

- eu sinto muita sede

ela disse.
ela disse que o via como pequena a criança vê o presente, segredo explícito prepotente e autoritário embaixo d’árvore
natal
ele ouviu e perguntou-se incrédulo em feliz resignação
- que tipo de mente perturbada veria nisso algo qualquer que não o algo-completo?
(que tipo de monstro nazista não se entregaria...)
vida.
as pessoas não entenderam,
as pessoas não entendem
testemunhas menos ainda, cúmplices! somente, camaradas, o fogo a luz estroboscópica e a nômade solitária multidão a migrar apressada em fuga de um pólo ao outro dos sorrisos mais puros e sãos na ladeira,
talvez os doidos.
serão os loucos todos eles mensageiros da verdade?
serão os loucos meros doentes?
serão eles absolvidos por deus?
é pecado.
serão os loucos apenas loucos
de rua
de jaula
de tudo
- louco de tudo. eu queria saber falar francês, mas eu não sei. eu certamente saberia expressar na totalidade o que sinto se falasse em francês. porque isso é tudo tão francês, tão fino. tão linda..
falou o moço
pensamentos-megafônicos
os piores.
- presente de natal, sabe? você sabe que vai ganhar e fica imaginando mil coisas. esperando. dá aquela coisa de querer-querer







eu nem saberia o que fazer com você.

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