Às vezes eu piro que sucumbo muito fácil às facilidades da vida de uma viciada. Sabe quando você pensa que não tem nada a perder, então age do jeito que dá na telha e não liga para as conseqüências? Não acho que isso justifica todas as cagadas no maiô, ou as titubeadas por medo de passar dos limites. Lembro que, no fundo, tudo é um grande teatro e os problemas não são tão grandes quanto parecem.
Eu não sou, de fato, uma viciada, mas tenho atitudes que demonstram um descaso comigo mesma que até me assusto quando me pego pensando, já sóbria, em tudo que deixo de fazer, nas responsabilidades, nos compromissos.
Não acho natural uma pessoa não fazer alguma coisa porque estava muito louca. Não acho normal uma pessoa não ligar para o sentimento alheio em troca de dez minutos de diversão/prazer. A dor nunca é proporcional ao erro, mas sim à mágoa. Dói sim, gente, por mais babaca e infantil que pareça.
Prezo muito o psicológico de cada um, então não costumo julgar as pessoas por reações exageradas ou por simplesmente acharem tudo a coisa mais normal do mundo.
Meu ponto de vista quanto as coisas é um tanto 'arcaico', porém lúdico. Funciono muito bem assim e acho que o que falta para as pessoas hoje em dia é ser inócuo uns com os outros. À partir disso, vê-se que um dia que deixei de ir ao médico para ir ao bar e fumar maconha é algo terrível.
15 junho 2007
Mea Culpa
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cagar no maiô
3 comentários:
certas coisas não são desculpa. e não sei se é mais foda perceber isso em si ou no outro. been there both.
o texto tá ótimo.. honesto e
transparente e eu gosto.
e a tag foi bem fina mesmo.
Vida de junkie não é mole. Não é.
Mesmo.
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