1) métodos anticoncepcionais são falhos;
2) o aborto, no brasil, só é permitido nos seguintes casos: gravidez causada por estupro ou quando há risco de vida para a gestante;
3) a igreja católica condena o sexo antes do casamento;
4) a igreja católica é contra o uso da camisinha;
5) o aborto, no brasil, é ilegal, é CRIME;
6) no brasil, acontece em média UM MILHÃO de abortos por ano.
Levem em conta, por favor, que esse um milhão de mulheres apela para formas clandestinas, já que o Estado não cumpre seu papel: remédios abortivos, ervas abortivas, clínicas clandestinas (muitas vezes com higiene precária). A questão do aborto é simples: ele existe. Mulheres abortam. Mulheres correm riscos. A igreja católica tem o discurso arcaico de que aborto é anti-vida, é um crime, é a morte de um ser humano. Porém, que fique claro: nós, mulheres, temos o direito de optar se queremos engravidar ou não - independente de tudo.
Não sei se vocês se lembram disso.
Foi constatado nos países em que o aborto passou a ser legalizado, que o número anual de abortos NÃO aumentou. Ou seja: se a legalização do aborto acontecer no Brasil, não vai virar casa da mãe Joana e a mulherada toda vai começar a abortar. Ninguém se sujeitaria a isso.
2) o aborto, no brasil, só é permitido nos seguintes casos: gravidez causada por estupro ou quando há risco de vida para a gestante;
3) a igreja católica condena o sexo antes do casamento;
4) a igreja católica é contra o uso da camisinha;
5) o aborto, no brasil, é ilegal, é CRIME;
6) no brasil, acontece em média UM MILHÃO de abortos por ano.
Levem em conta, por favor, que esse um milhão de mulheres apela para formas clandestinas, já que o Estado não cumpre seu papel: remédios abortivos, ervas abortivas, clínicas clandestinas (muitas vezes com higiene precária). A questão do aborto é simples: ele existe. Mulheres abortam. Mulheres correm riscos. A igreja católica tem o discurso arcaico de que aborto é anti-vida, é um crime, é a morte de um ser humano. Porém, que fique claro: nós, mulheres, temos o direito de optar se queremos engravidar ou não - independente de tudo.
Não sei se vocês se lembram disso.
Foi constatado nos países em que o aborto passou a ser legalizado, que o número anual de abortos NÃO aumentou. Ou seja: se a legalização do aborto acontecer no Brasil, não vai virar casa da mãe Joana e a mulherada toda vai começar a abortar. Ninguém se sujeitaria a isso.
Conservadores e católicos ortodoxos dizem que o foco deveria ser a conscientização e educação sexual - obviamente importante, claro. Mas não resolve tudo. E além de tudo, 1) métodos anti-concepcionais são falhos.
A questão não é achar certo tirar a vida de um feto ou não. A questão é que a descriminalização do aborto precisa acontecer. As mulheres precisam não só do apoio do governo como também de suporte. Um aborto em uma clínica clandestina, pode custar até cinco, seis mil reais. É óbvio que a maioria das mulheres brasileiras não tem essa grana. Consequentemente, muitas irão se sujeitar a métodos bizarros. E existe, além de tudo, o preconceito contra mulheres que abortaram.
"O aborto clandestino é a quarta maior causa de mortalidade materna brasileira."
Eu sou feminista, sim.
Eu sou a favor do aborto, sim.
O que não quer dizer que eu faria um aborto caso engravidasse.
E ninguém precisa entender o aborto, ou entender a razão de uma mulher que deseja abortar. Ela quer. Ela precisa. Não é a hora de ter um filho. Não tem condição. São muitos os motivos, talvez. E como mulher, eu não consigo ter outro pensamento a não ser esse de que a legalização do aborto no Brasil tem que acontecer. O Estado não pode me dizer o que fazer ou não a respeito do meu próprio corpo. Muito menos a igreja católica. Direitos sexuais e reprodutivos são direitos humanos. E é importante que as pessoas se sensibilizem com isso. E além de tudo, respeitem.
Porque okay se horrizar ao saber que a menina x abortou. Mas se for a tua irmã, tua amiga ou tua mulher, certamente você vai parar e pensar.
Portanto, pense agora. E se você engravidasse e não quisesse ter esse filho? Qual decisão pesa? A tua ou a do Estado? O Estado tem esse direito?
Termino isso com o lema da Campanha de 28 de setembro:
Aborto
as mulheres decidem
a sociedade respeita
o Estado garante
3 comentários:
Perfeito.
Cabe a mulher decidir o que fazer com seu corpo.
Se for pra abortar, que faça com os métodos adequados.
ótimo texto.
putz... apoiada! Bravo!
AHAZÔ.
vanessinha.
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