Dum vermelho intenso que me ardeu os olhos - ah, se ele tinha um revólver por baixo da camiseta não sei, só sei que me arrepiou a alma e logo a boca ficou seca; um duelo da minha visão estrábica contra os padrões de beleza - já que me vi entregue sem ao menos estar segura ou aquela coisa de a razão esnobar o medo e é, sim, é agora - vem - é a hora. Sinal verde - tudo vem e vem quebrando estrofes, engolindo princípios, uma onda gigante, nos levando do céu ao inferno em segundos - nada macarrônico, é muito pior, é um abuso bipolar, é a bipolaridade alçando vôos ainda mais altos: ela simplesmente chega e te fode.
Precisa de uma pausa. Precisa botar o revólver sobre a mesa, tomar um gole de água, de cachaça, acender coisas, apagar coisas (da memória, da alma), precisa tomar ar, vento gelado na cara - sentir a pele formigar.
Uma palavra, um deus, uma doutrina viável.
Acende
- um -
sorri.
Falo de unção, de uma coisa quase religiosa, um ato cerimonioso onde a mente, embora lenta, continua sagaz e com uma vivacidade psicodélica quase psicopata ultrapassando o limite da contestação - algo que remete loucamente à constelações e balões e peixes. Ainda mais o azul, o blues, el cantante, sad sad songs. Porque este homem do qual falo, embora triste, porta armas de fogo, perigoso que é, um homem assim, louco, fazendo poesia da própria vida, tatuando a alma alheia, psicótico. Calibra a própria alma e atira. A esmo. Aos céus.
balas
peixes
e poesia
- urgente, precisa viver -
ele atira.
01 outubro 2007
Cores de George Jung
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ficção
4 comentários:
rafa bang!
hahah tão ambíguo
u too babe.
ai meu, tira esse babe de mim ehehe.
agagsdj.
amuh :~
347 paradas cárdio-respiratórias depois, volta à leitura e pausadamente contempla, em meio aos dentes de um sorriso aberto, o lance de mágica
sem entender onde termina o truque e começa a magia.
se o rafa souber essa sua queda pelo george jung, dona débora...hehe
querow traços de tinico rosa...
= ]
uebaaaaaaaaaaa
=***
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