06 janeiro 2008

não é derrota, tampouco vitória;
há dias em que me sinto contemplativa, somente. antônimos são raros, mas nem toda raridade é bela. certamente o luxo sacia vontades descabidas. mas eu tenho calor marítimo-alienígena-abrasador demais no peito; e poderia passar noites e noites entre cigarros, vento e alguma brisa, contando que nem sempre temo. nem sempre temo. a vida é cheia de nem-sempres.

(como uma vela acesa. é um voto de confiança.)

das coisas puras;
todo mundo espera algum romance. mas o romance que me corre pelo sangue é anacrônico, mulher de poucas leis que sou. liberdade é fundamental. nem mesmo os bichos podem viver presos.

(desenrosco com maestria fio por fio; não suporto cordas.)

minha liberdade é tonitruante;
o amor que tenho no peito arperja num mar supersônico de êxtase. meu vôo é lento; parapente, queda livre, ultraleve. no me gustan los motores.


(silêncio.)








(if we get up now we can catch the afternoon... watch the under-fifteens playing football in the park)

2 comentários:

Anônimo disse...

Gostei muito desse post e seu blog é muito interessante, vou passar por aqui sempre =) Depois dá uma passada lá no meu site, que é sobre o CresceNet, espero que goste. O endereço dele é http://www.provedorcrescenet.com . Um abraço.

LéoFreitas disse...

o belo não é aquilo que vemos, mas o que nos modifica o olhar.

<3