Tudo que eu consigo lembrar de uma época boa é que eu lia muito clarah averbuck porque me dava vontade de sair baianaloca correndo pela rua beijando a boca de todo mundo como se fosse o ato mais solene de uma revolução pessoal se tornando a tendência da massa, essa era minha sensação, como se tudo fosse possível e o amor tivesse em minhas mãos. E como tudo é engraçado né ? quando minha mãe dizia que tudo era uma fase e que coisas e pessoas mudavam eu não acreditava, hoje eu acredito, as coisas mudam terrible hard. De dor na alma. Parece que já entrei num estado inócuo de atividade cefálica que não é mais um “eu estou assim” parece que estamos num “eu sou assim”, já faz tanto tempo que me gera essa incapacidade de proibir essa competição besta de - em quanto tempo consigo chegar nos 13 anos mais rápido. Me cansa.
Parece que estamos todos nessa caravana retardada pro apocalipse. Antes por mais que eu me destroçasse ainda me restava algo de bom que eu empinava o nariz olhava pro resto e tipo “nem confiança” escrito na testa. Hoje qualquer briguinha é pra valer, as coisas atingiram um estado pleno de dor que você olha nos olhos dos outros com 785 pedrinhas nas mãos e em volta, no caso de você querer chutar também, só pelo fato de desconfiar. Todos os dias as pessoas provam que são capazes de tudo enquanto você só pensa em ter uns trocados pra ajudar a pagar a cerveja no final do buteco.
Enquanto não tem confiança obviamente não haverá amor e isso reza na minha lenda.
3 comentários:
só confiança nivocê. paulétx.
Talvez você fique nesse estado de semi-sofrimento porque não consegue se libertar das coisas do passado.. é necessário, paulinha. Se faz necessário.
as pessoas mudam, mas a essência permanece.
e concordo com a deh: se vc focar no passado, seu futuro fica desfocado e vc não vê o que tá por vir.
amo-te.
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