Me darei por inteiro aos homens quando, ao mesmo tempo, eles não me terão por completo. Faltará o carinho e sobrará luxúria. Enquanto meu sexo não me purificar, farei com que ele peque. E que o pecado sangre, tal qual uma chaga cristã, um arranhão nas costas ou uma mordida roxeada. Um lábio cortado num beijo, que mancha seu dentes e escorre pela sua saliva cheirando a cigarro barato. Vou unir o útil ao degradável. O suor que cheira a carne viva de alma morta. ´Estaremos em lados opostos por um tempo, baby´. Você calma e eu na cama. Você sorrindo e eu gemendo. Até eu rastejar pedindo que me coma puxando meus cabelos e xingando com ódio. Até eu saber quando parar. Quando não gostar. O asco. Até eu achar que o gosto de porra me dá ânsia e, quando me ajoelhar diante de seus pés, não quererei abrir tua braguilha e te chupar. Estarei, apenas, abraçando suas coxas em busca de um abraço silencioso.
9 comentários:
as putas são uma fonte das mais ricas e inspiradoras de antropologia e pseudo-poesia, eu acho
este conflito do tamanho do mundo
me soa familiar.
admito
como se em alguma existência passada fora eu uma delas
quanto ao texto,
imagine você o peso deste abraço
O PESO.
oh lord.
e o colega de trabalho ao lado preocupado com o excel..
vai explicar.
gente, cadê os novos posts?
todo dia eu entro esperando ler! mas....nada mais me lembro
boa.
saudades daqui...
Genial!
meu deus! m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-o!
Há sempre um momento em que se deve escolher entre parar ou prosseguir. Eu não sei muito bem quando é - mas existe.
Saudades daqui...
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